01/05/2024 18:21

1o de maio é dia de luta contra a privatização, falta de empregados e ataques à saúde dos trabalhadores da Caixa

Dia do Trabalhador 2024

O Dia do Trabalhador marca a importância de nos reconhecermos como parte de uma mesma classe trabalhadora, com nossas diferenças, mas essencialmente todos sendo parte da mesma exploração do trabalho e perda sistemática de direitos. Sem o trabalhador, não existe nada, e são os que produzem a riqueza quem deveria desfrutar do fruto do seu trabalho. Infelizmente, no entanto, os que trabalham mais duro são os que menos recebem, enquanto quem os explora, sem produzir nada, cada vez acumula mais capital. A degradação das condições de vida dos trabalhadores se expressa no desemprego em massa pelo mundo, em jornadas de trabalho cada vez mais extenuantes, nas inúmeras doenças e síndromes provocadas pelo ambiente de trabalho, nos abusos, assédios e violências de todo tipo. Também na retirada de direitos trabalhistas, sociais e previdenciários. O trabalhador vê seus contratos de trabalho sendo precarizados, quando não suprimidos, com o avanço da chamada "uberização", em que não existe mais o 13o, as férias, o recolhimento de FGTS, e se ficar doente, não recebe nada. 

No universo dos bancários, as demissões seguem sem parar. Perdemos mais alguns milhares de postos de trabalho desde o 1o de maio do ano passado, mesmo com muito mais operações bancárias, de crédito e de bilhões de lucros dos bancos. Somos menos empregados trabalhando cada vez mais e recebendo menos. Na Caixa, somos 14 mil bancários a menos do que éramos (101 mil para 87 mil). Nossos salários, na prática, estão congelados há anos, ao mesmo tempo em que aumentam os descontos com o Saúde Caixa e o equacionamento segue inalterado para a maioria de suas vítimas, abocanhando até mais de 20% do valor dos salários. As metas seguem sendo um chicote sobre as costas dos empregados, o GDP só mudou de nome e pautas como a efetivação de caixas e tesoureiros não avançaram um centímetro sequer. Não bastasse isso tudo, o CA da Caixa, indicado pelo governo Lula (com exceção de uma única cadeira eleita pelos empregados), acaba de avançar na privatização da empresa, esquartejando a Caixa ao concentrar toda a área de loterias numa subsidiária, que não precisará de aprovação do Congresso para ser vendida por este governo, ou qualquer outro que o suceda.

A APCEF/RN é parte dos que lutam contra todos estes ataques. Defendemos a ampliação urgente dos chamados no Concurso deste ano de 4 mil para, no mínimo, 17 mil convocados (os 14 mil que temos a menos somados aos 3200 anunciados para saírem no PDV); o fim do equacionamento da Funcef para todos os trabalhadores; e a revogação dos aumentos abusivos do Saúde Caixa e o retorno da mensalidade de 2% dos salários, sem cobrança de dependentes nem de 13o mês, além de co-partipação reduzida aos 20% anteriores. Também defendemos a efetivação imediata de caixas e tesoureiros, fim do sistema do GDP (e não apenas da sua sigla) e da cultura do assédio dentro da empresa. Precisamos fortalecer a Caixa 100% pública e, para isto, é fundamental valorizar o trabalhador e a trabalhadora da Caixa! Que este 1o de Maio reforce esta luta.

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