26/10/2015 16:29

Assembleias nesta segunda apreciam proposta da Fenaban e específica da Caixa

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O Comando Nacional dos Bancários orienta assembleias a aceitarem proposta da Fenaban e a específica da Caixa. Os bancos ofereceram reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso, e 14% para os vales refeição e alimentação. Suspensão do GDP, fim dos 15 minutos para mulheres e manutenção da PLR Social são algumas das conquistas da proposta específica.

Nesta segunda-feira (26), sindicatos de bancários de todo o país realizam assembleias para discutir e votar a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e específica da Caixa Econômica Federal, apresentadas durante negociações ocorridas neste final de semana, em São Paulo (SP). A orientação do Comando Nacional é pela aceitação das duas propostas com a suspensão da greve e volta ao trabalho. Além dos reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso, e o de 14% para os vales refeição e alimentação, os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores, compensariam, no máximo, uma hora por dia útil, até o dia 15 de dezembro.

A proposta da Caixa, além da aplicação do reajuste de 10% em todos os níveis das tabelas salariais, para a PLR e para o piso, reajuste de 14% para os vales refeição e alimentação, prevê também PLR Social de 4% do lucro distribuídos igualmente, a suspensão da terceira onda do programa Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), fim dos 15 minutos de pausa para mulheres antes da hora extra (em localidades onde não existem ações judiciais), retorno do adiantamento odontológico (a partir de janeiro de 2016), devolução dos dias descontados em mobilizações em defesa da Caixa 100% Pública e contra a terceirização, e promoção por mérito para 2017, com sistemática a ser realizada em 2016, no plano de carreira.

O Comando Nacional dos Bancários considerou a proposta positiva e que representa o resultado da unidade da categoria. “Temos muito a avançar ainda, mas a resistência, a unidade, a nossa determinação, em impedir que nossos salários fossem reduzidos, serão importantes nas próximas campanhas”, diz Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

“Após meses de construção e três semanas em greve, conseguimos alguns pontos importantes como a suspensão do GDP e a manutenção da PLR Social. No entanto, não demos por encerrada nossa luta, esta foi apenas uma etapa. A Caixa ainda nos deve muito, como, por exemplo, as contratações”, afirma Genésio Cardoso, membro da CEE/Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

Segundo Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa e diretora de Administração e Finanças da Fenae, a mobilização por mais empregados vai continuar. “Infelizmente, não houve avanço na proposta da Caixa quanto às contratações, e por isso vamos manter a luta. E não apenas na mesa permanente, mas na atuação diária da Comissão Executiva e das entidades representativas como a Fenae. Afinal, enquanto os trabalhadores estão sobrecarregados nas agências, há milhares de concursados aguardando convocação”, avalia.

Os bancários estão em greve desde do dia 6 de outubro, após sete rodadas de negociações com a Fenaban que insistia em conceder reajuste abaixo da inflação à categoria.

Confira as propostas da Fenaban e da Caixa que serão apreciadas nas assembleias desta segunda-feira:

 

PROPOSTA DA MESA ÚNICA DA FENABAN

Reajuste: 10 %.

Pisos: Reajuste de 10%.

- Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62

- Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10

- Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa).

PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00.

PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58.

Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$ 2.021,79.  O pagamento do restante será feito até 1º de março de 2016.

Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$ 29,64 por dia.

Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52

13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52

Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses).

Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70

Saúde: Os bancos apresentaram um termo de entendimento a ser assinado entre as seis maiores instituições e o movimento sindical bancário com mesas específicas para tratar de ajustes na gestão de modo de reduzir as causas de adoecimento e afastamento. As comissões de empresa acompanharão para garantir a melhoria das condições de trabalho.

 

PROPOSTA ESPECÍFICA NA CAIXA

  • 10% nos salários e pisos, mesmo percentual definido na mesa da Fenaban. Assim como os 14% de reajuste nos vales refeição, alimentação e 13ª cesta.
  • Participação nos Lucros e Resultados (PLR)
  • PLR Regra Fenaban
  • I - Regra Básica
  • 90% da remuneração base ajustada em setembro de 2015, acrescido do valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$ 10.845,92, de acordo com as regras estabelecidas em Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
  • II - Parcela Adicional
  • 2,2% do lucro líquido apurado no exercício de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
  • PLR Social Caixa
  • 4% do lucro líquido no exercício de 2015, distribuído igualmente para todos os empregados elegíveis, de acordo com as regras estabelecidas em ACT.
  • PLR Parcela Complementar
  • A Caixa garantirá no mínimo uma remuneração base a todos os empregados, ainda que a soma da PLR Fenaban e PLR adicional não atinja este limite.
  • Antecipação da PLR
  • 60% do valor total da PLR devida, a ser paga em até 10 dias após assinatura do ACT.
  • Horas extras - Manutenção da cláusula referente à prorrogação da jornada de trabalho, assegurando-se o pagamento, com adicional de 50% sobre o valor da hora normal, ou a compensação das horas extraordinárias, realizadas na proporção de 1 hora realizada para 1 hora compensada e igual fração de minutos e pagamento de 100% das horas extras realizadas em agências com até 20 (vinte) empregados.
  • Incentivo à elevação da escolaridade - Serão oferecidas 1600 bolsas de incentivo à elevação da escolaridade, na seguinte forma: até 300 para graduação, até 500 para pós-graduação e até 800 para idiomas.
  • Ausências permitidas - Para efeito de ausência permitida para levar cônjuge, companheiro(a), pai, mãe, filho(a), enteado(a) ou dependente menor de 18 anos, ao médico.  A Caixa propõe alterar de até 2 dias, para 12 ou 16 horas, conforme a jornada do empregado, de 6 ou 8 horas.
  • Promoção por mérito ano base 2016 - Realizará sistemática avaliação em 2016, para promoção por mérito em 2017, referente ao ano base de 2016, dos empregados ativos em 31.12.2016, com, no mínimo, 180 dias de efetivo exercício em 2016.
  • Comissões de Conciliação - A Caixa se compromete a renovar a assinatura do ACT que regulamenta a Comissão de Conciliação por ocasião do seu vencimento.
  • Além da manutenção dos temas Jornada de Trabalho e Auxílio-Alimentação, terá a inclusão do tema Natureza Salarial do Auxílio-Alimentação, dentre os assuntos passíveis a serem conciliados, a partir de janeiro de 2016.

 

Fonte: Fenae Net

 

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