Há exatos 70 anos, em 28 de agosto de 1951, começava uma greve fortíssima dos bancários, que iria durar 69 dias e arrancar 31% de reajuste, além de enfrentar e vencer a luta contra a proibição do direito à greve, determinada poucos anos antes. Era no governo Eurico Gaspar Dutra, conhecido pelo seu entreguismo aos EUA e perseguição aos trabalhadores e ao movimentos sindical, no auge da Guerra Fria.

A greve histórica de 28/8/51 está na origem do dia do bancário, que comemoramos até hoje; e foi marcada por demissões e perseguições, mas que foram incapazes de deter a força coletiva da categoria. Nestes 70 anos, os bancários seguiram sendo demitidos, perseguidos... e lutando! 

Os bancários da Caixa, até os anos 80 apartados dos demais bancários, eram chamados apenas de economiários e não dispunham de direitos básicos da categoria, como a jornada de 6h. Outra vez, foram a luta e a greve que garantiram a extensão destes direitos a todos nós. 

Vivemos um momento em que precisamos lutar tanto ou ainda mais. Na Caixa, sucessivos PDVs e instrumentos equivalentes, reestruturações e o início da privatização de subsidiárias, criaram um ambiente de adoecimento geral, sobrecarga de trabalho, assédio e precarização de direito e do atendimento à população. O dia do bancário deve servir para nos unirmos mais e entendermos nossa força e necessidade de reagir. 

Neste 28/8, a APCEF-RN saúda todos os bancários, em especial os da Caixa, e se coloca a postos para todas as lutas que ainda virão. E chamamos todos a festejarem nossa existência e resistência na sede da Apcef, com samba, feijoada e alegria!

Parabéns pelo nosso dia, colegas!

"A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte..."