Após o atendimento médico, a doação de filtros d’água, de sandálias e de cestas básicas no final do ano passado, o programa Movimento Solidário, programa de responsabilidade da Fenae e das Apcefs, começou a trabalhar na implantação de ações permanentes para resolver a insegurança alimentar das famílias das 10 localidades rurais de Belágua, no Maranhão. A boa notícia é que cinco delas já estão com estrutura física e já estão recebendo assistência técnica para a implantação de criação de peixes e galinhas caipiras.

No dia 6 de agosto, representantes da Fenae, da PAR Corretora de Seguros e da Integra participações vão inaugurar tanques de peixes com capacidade para 1500 tilápias em três localidades e galpões para a criação de até 450 galinhas cada, em outras duas comunidades. A escolha dos projetos de segurança alimentar foi feita pelas próprias famílias, que estão recebendo capacitação para que possam conduzir os projetos com autonomia. O evento contará também com a participação de dirigentes das Apcefs Maranhão e Pernambuco.

“Em nome de todas comunidades de Belágua, gostaria de coração de agradecer a todos os que contribuíram. Vocês não podem imaginar a alegria das famílias que estão recebendo os tanques de peixe e os galpões de galinhas caipiras. São pessoas trabalhadoras que só precisavam de um incentivo para superarem a difícil situação de carência em que vivem. E vocês deram essa esperança para elas”. O depoimento de Domingos Barros de Souza, mobilizador social que está atuando na cidade, traduz bem a expectativa das famílias com essa ação social, que só foi possível graças às doações feitas pelos participantes do Mundo Caixa.

Com 35 anos, oito filhos, de 2 a 18 anos de idade, Alda Maria da Cruz Menezes, da comunidade de Bom Princípio, chama de “benção de Deus” a ajuda que está recebendo. “A gente mora muito isolada, nada chegava aqui, com esse projeto tenho certeza de que a vida vai melhorar muito, vamos ter peixe para alimentar os filhos”, afirma ela, que também está animada com a futura implantação da horta comunitária. “Tenho muita vontade de trabalhar e tenho certeza de que agora vamos poder construir com nossas mãos uma vida com menos sacrifício e necessidades. E quem sabe daqui a pouco a gente não vai conseguir até vender o que sobrar? Se depender de mim, esse tanque vai se multiplicar”, diz.

Foi desenvolvido também trabalho de capacitação das comunidades para que a população tenha autonomia de seguir com os projetos. “Em um futuro bem próximo, será possível superar a triste realidade de crianças alimentando-se de farinha com água suja em uma única refeição, e com o índice de quatro mortes de desnutrição no universo de 10 crianças, antes de completar um ano de idade”, afirma o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira. “Que os colegas da Caixa continuem ajudando”, pede.

Foi graças à doação dos empregados ativos e aposentados da Caixa que isso foi possível. É o caso de Danilo Ribeiro, 33 anos, gerente de atendimento de uma agência em Santos (SP) e um dos maiores doadores de pontos para o projeto de Belágua. “Fico muito satisfeito de saber que uma iniciativa simples como transferir pontos do Mundo Caixa pode ajudar tantas pessoas em situação de risco social. Sempre gostei de ajudar e penso que todos nós podemos fazer algo para ajudar a melhorar o mundo em que a gente vive” afirmou ele, ao justificar sua decisão de doar mais de 50 mil pontos para o Movimento Solidário.

A partir do segundo semestre as outras localidades de Belágua serão também beneficiadas. Todos podem acompanhar o projeto pelo site http://todosjuntos.parcorretora.com.br e por meio dos comunicados enviados pela Fenae.