14/04/2021 14:56

Não à venda da Caixa Seguridade!

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                A Caixa, por determinação do governo Bolsonaro e da administração Pedro Guimarães, anunciou a venda de ações da Caixa Seguridade. Não podemos tratar este ataque como algo menor: o nome disso é privatização. Seja total ou parcial, o fato é que o único banco 100% público do Brasil está sendo atacado, fatiado e privatizado. Não iremos aceitar calados a venda de ações da Caixa ou de qualquer de suas subsidiárias, nem por Bolsonaro nem por ninguém.

                A APCEF/RN defende que a Caixa seja maior ainda, com mais investimentos, mais agências e mais empregados. O banco se mostrou, mais uma vez, indispensável para os trabalhadores e para o Brasil, centralizando todo o pagamento de auxílio-emergencial (pelo menos 5 parcelas a quase 70 milhões de pessoas), dos saques emergenciais do FGTS e de todos os demais benefícios sociais. Sem a estrutura da Caixa e o trabalho de milhares de colegas, o Brasil teria parado e a fome e a miséria teriam se multiplicado.

                E isto não é novidade. A Caixa há muito tempo é um banco diferente, que cumpre um importante papel social. Além disso, é extremamente lucrativa e não faz sentido nenhum desestatizá-la. Somente a Caixa Seguridade teve um faturamento de R$ 39 bilhões e um lucro líquido recorrente de R$ 1,8 bilhão em 2020, crescimento de 5,2% em comparação com 2019. Vender o que dá tanto resultado é um absurdo.

                Bolsonaro quer fazer o que outros governos tentaram mas não conseguiram: desmembrar os “filés” do banco para abrir seu capital (seguridade, previdência, cartões e a jóia da coroa – o Banco Digital). O resultado deste desmonte será um banco menor, com prejuízos ao atendimento da população e ataque aos direitos e condições de trabalho dos empregados.

                Ao mesmo tempo em que tenta vender partes da Caixa, Bolsonaro e a direção da empresa descumprem o acordo coletivo e não pagam a PLR como deveriam. A PLR social, que distribui 4% do lucro líquido de forma linear entre todos os empregados, teve 25% do seu valor confiscado. Somente 3% do montante foi distribuído desta forma, havendo uma apropriação de milhões de reais que são dos empregados, que vêm se expondo a trabalho excessivo, pressão por metas, adoecimento, contágio por Covid e mortes.

                Precisamos dizer não! E fortalecer a campanha em defesa da Caixa 100% pública e de todos os brasileiros.

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