22/04/2008 09:24

NOVO PCS: Caixa mantém condições, movimento discorda

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PCS: Caixa mantém condições, movimento discorda
            A Caixa Econômica Federal apresentou proposta para a unificação da tabela do Plano de Cargos e Salários (PCS). Na reunião com a Contraf/CUT – CEE/Caixa, a empresa divulgou os parâmetros de sua proposta, que prevê piso de R$ 1.244,00 (equivalente à referência 101 do PCS de 1998) e teto de R$ 3.700,00, contemplando o valor da referência 95, as VPs do Salário-Padrão (corresponde a 1/3 da tabela de 1989) e as VPs Tempo de Serviço, correspondendo a 1/12 sobre o valor da tabela. Também fica previsto o impacto dos R$ 30,00 pagos na campanha salarial de 2004 aos empregados que ganhavam até R$ 1.500,00. Pela proposta, os empregados que recebiam em 2004 mais de R$ 1.500,00, ao optarem pela nova tabela, passam a receber R$ 30,00 linearmente para ajustar o valor do salário.
           A proposta da Caixa prevê ainda que o sistema de migração ocorra por aproximação salarial. A tabela seria composta de 72 níveis salariais, resultando em um interstício linear de 1,55% (diferença entre uma referência e outra). No novo modelo de PCS, a primeira referência seria a 201 e a última a 272, com uma amplitude de 197,4%, correspondendo à diferença entre piso e teto. Essa proposta, agora, deverá ser apreciada pelo Dest, podendo sofrer ainda modificações.
Na avaliação do Movimento, a proposta da empresa apresenta alguns problemas. Entre os quais a insistência da Caixa em vincular o PCS com a obrigatoriedade de adesão ao saldamento do REG/Replan e ao Novo Plano da Funcef, regra repudiada pela representação dos empregados, que considera essa imposição ilegal e discriminatória.
           A CEE/Caixa avalia também que o número de referências da nova tabela é extenso, o que pode trazer problemas para o restabelecimento do processo de promoção por merecimento, que hoje não existe para os empregados novos (PCS 98) e está congelado desde 1992 para os empregados antigos (PCS 89).
A CEE/Caixa entende que uma tabela com tantos níveis tira a perspectiva de progressão funcional dos empregados. A opção por uma tabela mais curta, mesmo com congelamento, levaria a avanço na promoção por antiguidade a cada dois anos, além de o interstício maior significar mais ganho a cada passo na tabela.
           
Plenária da Caixa debaterá unificação das tabelas do PCS
           No dia 16 de maio, os bancários da Caixa Econômica Federal se reunirão numa plenária nacional para discutir a proposta de unificação das tabelas do Plano de Cargos e Salários (PCS) apresentada pelo banco. A decisão foi tomada nesta terça-feira, dia 15, durante a reunião do Comando Nacional dos Bancários, ocorrida na sede da Contraf-CUT.
           O propósito do encontro será formatar uma proposta para o PCS que seja considerada ideal pelos trabalhadores, com base no que já foi acordado durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2007. Além disso, os dirigentes irão organizar as formas de mobilização que serão adotadas durante a negociação com o banco.

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